sábado, 22 de novembro de 2008

MAIO DE 68 (Turma M5) AULA NA BIBLIOTECA: atividade 1



























Mítico, cultuado e, sobretudo, revolucionário, 1968 entrou para a história como um ano singular:

Foi um carnaval de acontecimentos tanto na esfera política quanto na cultural em várias partes do planeta.


Na França de Charles de Gaulle, enquanto Jean-Luc Godard e sua turma viravam de ponta-cabeça as regras cinematográficas (Nouvelle Vague), universitários da Sorbonne bagunçaram o coreto acadêmico tendo como um dos principais líderes um franco-alemão de cabelos vermelhos chamado Daniel Cohn-Bendit: o Dany le Rouge.


A palavra de ordem seguia o tom de urgência em slogans como "é proibido proibir", ao som de rocks satânicos como Helter Skelter, dos Beatles, e Sympathy for the Devil, dos Rolling Stones.


Toda e qualquer idéia liberadora deveria ser escrita logo e dada ao conhecimento geral na rua. As frases e slogans nunca se assentavam no papel: iam diretamente para o lado de fora, assim escapando dos leitores sedentários para serem incorporadas pelos transeuntes. Tudo se transformava: como poucos movimentos políticos e sociais, maio de 68 fez surgirem “palavras de ordem” inéditas, que procuravam modificar o mundo através da imaginação. “Exagerar, eis a arma”. “A barricada fecha a rua, mas abre o caminho”. Sim, a rua estava completamente alterada: a pele nova das palavras se colava ao lado dos cartazes baratos e rudimentares, produzidos pelo Atelier Popular da Escola de Belas-Artes de Paris, que anunciavam outra sociedade. Seguro de que “A ação não deve ser uma reação, mas uma criação”, um grupo minúsculo de estudantes concebeu mais de 350 cartazes, após intensas discussões, distribuídos em maio e junho de 1968 pelas ruas parisienses, até o momento em que a polícia invadiu o local de trabalho. Esses cartazes demonstravam solidariedade aos operários e aos imigrantes; sobretudo, lançavam fortes acusações ao governo De Gaulle e à repressão.O mosaico surgido das palavras nos muros e dos cartazes nunca foi confuso: tudo convergia para uma idéia vital que os estudantes celebravam como se estivessem em dia de inauguração. “A felicidade é uma idéia nova.A imaginação toma o poder” – mais do que uma síntese, a frase divulga uma aspiração, uma excitação, um propósito. Já “O tédio é contra-revolucionário” exibe o outro lado da mesma moeda, em que a presença do verbo indica uma certeza. Entre o sonho e a determinação, a origem de maio de 68 se encontra na crítica radical dos estudantes às regras de separação dos dormitórios masculino e feminino da universidade de Nanterre. (**)
No Brasil, sufocados pelo famigerado Ato Institucional nº 5, estudantes, intelectuais e artistas travavam nas ruas batalha com a polícia montada, ao mesmo tempo em que a linha evolutiva da música se via diante de estridente embate, que colocava de um lado a Jovem Guarda e Tropicália, com suas guitarras elétricas, e, do outro, a ala mais conservadora da MPB, com a música de protesto.


http://conversasemoff.wordpress.com/author/azevedoregina/>. Acesso em: 21 nov. 2008. (cartaz acima)

Cartaz topo à esquerda:
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/maio68.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2008.

Texto e cartaz topo à direita:

http://www.storm-magazine.com/novodb/arqmais.php?id=614&sec=&secn=>. Acesso em: 21 nov. 2008.


ATIVIDADE COM A TURMA M5 DA ETS:

Tudo começou com um comentário feito pela professora Sandra (Sociologia) no post de 21/10/08 a respeito do Simpósio Internacional "1968: Permanências e Mudanças" que eu fiz na Unisinos de 14 a 17 de outubro deste ano...

*Após fazermos um planejamento conjunto, envolvendo as professoras de Sociologia, Artes e a bibliotecária da ETS, combinamos que a Turma M5 teria aula na Biblioteca no período de terça-feira, dia 18/11/08. Lá, após explicação sobre Maio de 68 (Kátia), solicitamos que escolhessem, no nosso blog, qual slogan (post de 21/10/08) cada um gostaria de trabalhar;

*Para evitar repetições, listamos nos comentários daquele dia, os slogans de cada aluno;

*Após a escolha, cada aluno recebeu uma folha de papel colorido para interpretar seu slogan usando colagem (de revistas para recorte, disponíveis na Biblioteca), lápis de cor, canetinha, etc;

*A atividade vai ser finalizada na aula de Artes, com a professora Mônica;

*Após avaliação conjunta (Artes: prof. Mônica e Sociologia: prof. Sandra), vamos colocar os trabalhos em exposição na Biblioteca da ETS - e neste blog. Vai ser o "SLOGAN NO VARAL"!

Se puxem, pessoas! Acho que vão aparecer trabalhos excelentes...e o varal já está prontinho, aguardando...

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