sábado, 24 de janeiro de 2009

CONCHAS, MAR & POESIA



No mar, as conchas

Olhos fechados sentem a brisa suave do mar.
Das conchas espalhadas na areia pressente a dor.
Lindas e retorcidas como emaranhados de amor,
Guardam pontas finas e agudas para rasgar.

Segue andando, destemida, não se nega a pisar.
Deseja ver o caminho; sentir, no rosto aberto, o calor.
Não importa que os pés tenham feridas de toda cor.
A alma desperta atravessa o sorriso franco a aflorar.

Na tarde, a praia fria anoitece, sombras a chegar.
Ela mergulha no mar, oferece lágrimas ao luar.
Rastros em pérolas negras e brancas a contrapor.

Cabelos de tempestade escorrem a emoldurar.
Os olhos adiante na estrada, fátuos a iluminar.
As vias de conchas, os pés descalços a compor.


Christina Ferreira - 07/11/2007
Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/726711>. Acesso em: 24 jan 2009.
www.umdiaumaestrela.wordpress.com (Licença Creative Commons)




Disponível em: <www.angela.amorepaz.nom.br/aprendaa.htm>. Acesso em: 24 jan. 2009.

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