"A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer." (Graciliano Ramos).
RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 104.ed. Rio de Janeiro: Record, 2008. 175p. (Bib ETS)
A região que mais inspirou Graciliano ao escrever o livro "Vidas Secas" foi a de Buíque, em Pernambuco, cidade onde passou a infância. Vidas Secas foi publicado primeiro em capítulos, depois reunidos em um único volume, em 1938. “É por isso que, embora tenha seqüência temporal, é definido como um romance desmontável, que pode ser lido a partir do capítulo que se desejar”, explica o professor de Teoria Literária da UFMG, Wander Melo Miranda, que organiza a reedição das obras do autor alagoano para a Record. A editora renovou os direitos de publicação dos livros de Graciliano e comemorou com pompa o 70º aniversário de "Vidas Secas", em agosto, na Bienal do Livro de São Paulo. O primeiro conto do que seria o romance é justamente o que fala da cadelinha Baleia, um dos personagens mais emblemáticos do livro. Consta que o escritor concebeu Baleia à imagem e semelhança de uma cachorra que tinha visto ser sacrificada quando menino, em Buíque. Graciliano vislumbrou então o céu dos cães, cheio de preás. “Fala-se na humanização de Baleia e na animalização dos outros personagens, mas não vejo assim”, diz Miranda. “Eles não falam, mas têm outro código de entendimento. Todo gesto em Vidas Secas é muito medido, tem muita economia. Até de saliva, num lugar onde falta água.”Para o professor mineiro, autor de dois livros sobre Graciliano, a interioridade dos personagens garantiu longevidade à obra, que não ficou datada como outros representantes da chamada literatura regionalista, caso de O Quinze, de Rachel de Queiroz. “Graciliano demonstra compaixão pelo ser humano, o que é atualíssimo. O retirante de hoje é qualquer despossuído que o progresso foi abandonando à própria sorte.”Os romances de Graciliano Ramos sobrevivem ao tempo e às adaptações para outros meios, como o cinema. Vidas Secas, o filme que Nelson Pereira dos Santos lançou em 1963, é considerado uma obra-prima, uma das raras versões literárias para o cinema de inteira felicidade na transposição de personagens, trama e paisagem. Memórias do Cárcere (1984), outro de Nelson Pereira, e São Bernardo (1971), de Leon Hirszman, também foram muito bem tratados pela crítica.
Leia mais em: <http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/29/o-sertao-70-anos-depois/?searchterm=vidas%20secas>. Acesso em 23/10/2008.
BIBLIOGRAFIA:
* Caetés (romance);
BIBLIOGRAFIA:
* Caetés (romance);
* São Bernardo (romance);
* Angústia (romance);
* Vidas Secas (romance) (Bib ETS);
* Infância (memórias);
* Infância (memórias);
* Dois Dedos (contos);
* Insônia (contos);
* Memórias do Cárcere (memórias) (Bib ETS);
* Viagem (impressões sobre a Tcheco-Eslováquia e a URSS);
* Linhas Tortas (crônicas);
* Viventes das Alagoas (crônicas);
* Alexandre e outros irmãos (Histórias de Alexandre, A Terra dos Meninos Pelados e Pequena História da República);
* Cartas (correspondência pessoal).
Leia mais em: <http://www.releituras.com/graciramos_bio.asp>. Acesso em: 27/10/08. (Dados extraídos de livros do autor, internet e caderno "Mais!", da Folha de São Paulo, edição de 09/03/2003).
Leia mais em: <http://www.releituras.com/graciramos_bio.asp>. Acesso em: 27/10/08. (Dados extraídos de livros do autor, internet e caderno "Mais!", da Folha de São Paulo, edição de 09/03/2003).
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