Nos últimos meses tem se acirrado as discussões a respeito da crise do jornalismo impresso advindos dos elevados custos de produção desta mídia e do baixo retorno - as pessoas não estão mais querendo pagar para receber notícias que conseguem gratuitamente nas versões eletrônicas via internet e nas redes de relacionamento como o mocroblog Twitter, por exemplo.
A este contexto, soma-se - aqui no Brasil - a decisão de acabar com a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão.
Que rumos tomarão estas questões? Vamos ficar atentos, pensar e discutir, já que a produção e divulgação de reportagens baseadas em fatos é uma importante questão que afeta a todos nós...
No mês de julho morreram dois conceituados jornalistas, um norteamericano e um brasileiro, aqui do Rio Grande:
Morreu aos 80 anos o jornalista que ajudou a mudar a história da imprensa gaúcha
Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/especiais/diversos/03premiorbsblogn9ve.jpg>. Acesso em: 25 jul 2009.
Lauro Schirmer (Cachoeira do Sul; 27.11.1928 - Porto Alegre, 24.07.2009)
Como integrante da equipe do jornal A Hora, em meados dos anos 1950, Lauro Schirmer tem participação na maneira como o Rio Grande de hoje lê jornal.
Começou a carreira como locutor de rádio em sua cidade natal, Cachoeira do Sul. Em 1955 foi convidado por Candido Norberto e Josué Guimarães para integrar a nascente redação do jornal A Hora, que viria a representar uma renovação no padrão gráfico do jornalismo feito no Estado. Lá, foi repórter e editor de figuras de proa do jornalismo, como Ibsen Pinheiro e o ainda adolescente Fausto Wolff, que mais tarde brilharia nas páginas do Pasquim.
– O Lauro foi dos mais completos jornalistas que tivemos. Não se limitou a conhecer jornal em todos os detalhes (da redação às oficinas gráficas) e sua passagem pela televisão foi marcante. Primeiro, na antiga TV Piratini, logo na TV Gaúcha, ainda quando a tecnologia era precária, não havia transmissão em rede nacional e tudo tinha de ser feito ao vivo e com as próprias mãos em Porto Alegre mesmo – conta o jornalista Flávio Tavares, que trabalhou com Schirmer no A Hora.
Depois de colaborar na consolidação e no sucesso da TV Gaúcha, outra mudança de rumo em uma carreira inquieta: foi convidado, outra vez por Maurício Sirotsky Sobrinho, para chefiar a redação de Zero Hora em 1970, onde aplicou muitos preceitos que ainda vigoram na filosofia do jornal: reportagem de qualidade, colunistas relevantes e ênfase nos assuntos locais. Comandou o jornal até 1990, quando assumiu a coordenação editorial do Grupo RBS.
Em seus últimos anos de vida, já aposentado da correria das redações, dedicou-se a participar de iniciativas em benefício a cultura do Estado. Membro do Conselho de Cultura da RBS, também era diretor do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa, dedicando-se a reerguer a tradicional instituição. Amante da música clássica, integrava a direção da Fundação Pablo Komlós, na luta pela construção de um novo Teatro para a OSPA – sonho que não teve tempo de ver realizado.
Disponível em: <http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2593110.xml&template=3898.dwt&edition=12785§ion=1003>. Acesso em: 25 jul. 2009.
Walter Leland Cronkite (St. Joseph, Missouri, 04.11.1916 - New York,
17.07.2009)
Iniciou sua carreira jornalística como repórter de uma agência de notícias americana e depois correspondente de rádio durante a
Segunda Guerra Mundial.
Cronkite entrou para a CBS em 1950 e ancorou o "
CBS Evening News" de 1962 a 1981. Com o âncora, o jornal foi o líder de audiência nos EUA de 1969 a 1981. Ícone do jornalismo americano,
Cronkite foi também o responsável por informar os americanos sobre outros grandes fatos da história contemporânea, como a
chegada do homem à Lua e a
Guerra do Vietnã. Também noticiou o
assassinato do ativista dos direitos civis Martin Luther King, os distúrbios raciais e as manifestações contra a guerra, assim como o
caso Watergate, que desencadeolembram dele, sobretudo, como o âncora que se atreveu a interromper um popular programa de televisão e pedir aos gritos uma câmera para falar sobre o
atentado contra Kennedy.
Com seu estilo duro, turbulento, ganhou o apelido de "o homem mais confiável dos Estados Unidos".
Disponível em: <http://noticias.guiagoioere.com.br/news.php?noticia=659>. Acesso em: 25 jul. 2009.